terça-feira, 24 de março de 2009

RADIOHEAD E O RESTO

Em tempos de memória saudosista, ver um show do Radiohead ao vivo no Brasil tatua algo na memória. Desde o início do show em São Paulo, a banda mostrou controle total sobre o público, o que facilita muito o trabalho para eles.
Logo nas primeiras canções, Ed Obrien, guitarrista base, aparentemente teve problemas com os pedais, tendo que chamar apoio de holding. No mais foram duas ou três canções até que Thom Yorke e cia entrassem no ritmo realmente e assimilassem a devoção dispensada por mais de 30 mil pessoas.
Radiohead pode fazer no Brasil aquilo que não fariam no eixo Euro-USA, tal como, criticar explicitamente os USA, quando Thom Yorke oferece a canção You and Whose Army para os yankes.
A banda pôde finalmente relembrar velhos sucessos sem que o público soasse deslocado, sem atenção, pois, em campos onde tocam a cada lançamento, o que o público pede são as novas canções obviamente.
Destaque para o baixista Colin Greenwood que, escondido o tempo todo ao lado do baterista Phil Selway, pulava freneticamente, sorria, abria os braços, divertindo-se como nunca vi em nenhum bootleg video da internet.
No mais, após o aperitivo quase cômico dado pelo Kraftwerk (banda interessantíssima pelo projeto, mas levemente cômica pela perfomance), o campo estava pronto para que Radiohead produzisse um dos maiores shows dos últimos anos no país, que merecia certamente ser lançado em DVD e distribuído pelo mundo, a fim de mostrar às outras bandas que depreciam o público latino, não nos prestigiando quando do lançamento de discos.

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