Trata-se da canção "Shiver" do Coldplay.
Diante da cultura pop contemporânea, um fast food processado, mastigado e pronto para o consumo, resta temperar a rotina com pitadas de opiniões menos passionais, mais empáticas, e do modo mais honesto, adverbiadas suavemente sobre o colo da mono-audiência deste espaço, apachuchando a moleira do marinheiro virtual comum.
sábado, 25 de julho de 2009
Desconfigurando o tema do Blog
Falar de música e cultura pop é algo que me obriga a usar minha sensibilidade crítica. Enquanto patente...aproveito para postar um pouco do que rolou no ensaio de hoje com o vocalista da minha banda, Bob, banda "Simuladores".
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sexta-feira, 24 de julho de 2009
UM BELO PLAYLIST
Estou postando o playlist do próximo show da minha banda..."Simuladores"
...preferência ao BritRock.
Rodrigo Resende posta como
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terça-feira, 14 de julho de 2009
O stress da mordomia
O sossego do dia a dia incomoda até que, de repente, já não se suporta os calos da monotonia. Os dias são travados, e por mais que se preencha cada mísera lacuna com pensamentos úteis, a ação falha e nada de novo acontece. A volta da rotina pode ser longa mas cansa. Houve dias que eu corria, lotava minha mão de entulho e saia as pressas para alcançar qualquer novidade. Ia me formar, ia parar de encontrar em cada esquina a queda da minha motoneta. A cada fim de semestre a ansiedade de uma prova enorme me desatinava e eu caia no cruzamento. Haja mãos de couro para aguentar. No fim, pequei pela sobra, e não fui competente o bastante para decifrar o ‘é’ de Fernando Pessoa que o 'r' me apresentou ("Cada coisa tem um instante em que ela é, eu quero apossar-me do é da coisa"). Meu ‘r’ zarpou sem barco. Meu ‘L’ rumou para perto e desde então a sigo.
Cadê o tal stress da mordomia? ‘No marasmo batido dos dias úteis’ onde, hoje em dia, não faço nada que quite minha dívida com esses 26 anos. Continuo tal como os 13. Impregnado de rock e insegurança. A diferença está nos sorrisos colhidos nos fins de semanas, na demorada cidade paulista e, tão breve, espetada, parada e fria.
Afirmo passivamente que o fim de 2009 pretende valer a mordomia da rotina macia que infecta os dias. Hão de comprar ações do meu futuro valorizando meu passe. Será?
Eu sou o é da coisa tua e minha.
Não basta bradar ao silêncio da mono-audiência para falar que os dias estão batidos e que fazer algo útil é relativo. Um brinde a enchente de jarras de café instantâneo no copo reciclado.
Cadê o tal stress da mordomia? ‘No marasmo batido dos dias úteis’ onde, hoje em dia, não faço nada que quite minha dívida com esses 26 anos. Continuo tal como os 13. Impregnado de rock e insegurança. A diferença está nos sorrisos colhidos nos fins de semanas, na demorada cidade paulista e, tão breve, espetada, parada e fria.
Afirmo passivamente que o fim de 2009 pretende valer a mordomia da rotina macia que infecta os dias. Hão de comprar ações do meu futuro valorizando meu passe. Será?
Eu sou o é da coisa tua e minha.
Não basta bradar ao silêncio da mono-audiência para falar que os dias estão batidos e que fazer algo útil é relativo. Um brinde a enchente de jarras de café instantâneo no copo reciclado.
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segunda-feira, 6 de julho de 2009
'DEUS É UMA SUPERTIÇÃO'
Nas palavras do roteirista do filme "Sangue Negro", declamadas por Daniel Day Lewis, Deus é uma supertição, padres e pastores falsos profetas. Não 'tô nem aí' para discussões teológicas e minha linha linha filosófica é ingênua e empírica. Sou ligado aos fatos e nexo causal. Causa e consequência.
Não poderia deixar de comentar essa expressão que permite justificar o medo dos 'fiéis' de um Deus que pune.
Para provocar a afluente 'chata' da religião, vou parafrasear Daniel Day Lewis por muito tempo.
Não poderia deixar de comentar essa expressão que permite justificar o medo dos 'fiéis' de um Deus que pune.
Para provocar a afluente 'chata' da religião, vou parafrasear Daniel Day Lewis por muito tempo.
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sexta-feira, 3 de julho de 2009
A dimensão do sucesso
Michael morreu. Pelo menos é o que dizem. As piadas surgiram concomitantemente ao anúncio da morte do cantor, assim como teorias de conspiração (MJ foi resgatado por Elvis). Durante esse drama todo, me emocionei apenas uma vez quando acompanhava uma das inúmeras homenagens na TV. Não cheguei aos prantos, mas fiquei baqueado e convencido de que houve abusos da imprensa na cobertura das polêmicas que envolveram o astro durante toda a vida. Como não suspeitar de um acordo obscuro para anular processos criminais. Suspeita-se de extorsão nua e crua, onde pais de crianças conseguiram tirar dinheiro do astro com acusações jamais provadas. Segundo a máxima popular, ‘depois de morto todo mundo vira santo’. Essa vertente não me atrai nem um pouco diante do meu ateísmo superficial, mas no caso de MJ, sempre fui sensível a crer na sua inocência.
A morte de Michael deveria absolve-lo e ‘santifica-lo’ ao limbo da música mundial, livre dos arranhões causados pelas mãos vampirescas de parte da mídia.
A morte de Michael deveria absolve-lo e ‘santifica-lo’ ao limbo da música mundial, livre dos arranhões causados pelas mãos vampirescas de parte da mídia.
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quinta-feira, 2 de julho de 2009
CAVALEIRO ANDANTE
O surgimento do Walkman foi o stopim que deu asas a imaginação tecnológica e status aos adolescentes de época não tão distante, tal como os pequenos ipods de hoje. No mais, hoje nada da status a ninguém para ser sensato.
Quando comecei a brincar de gostar de música tinha no walkman meu mecanismo para tirar músicas, na discrição permitida, para não incomodar os outros com a barulheira que desperta a atenção para o rock. Lembro de ficar na beliche com meus irmão gravando a nossa voz num gravador portátil, conversando bobeira, depois ouvindo e rindo pacas.
Num aniversário, ganhei um Walkman Philips muito bom e simpático, cantos arredondados, discreto, e que rodava de mão em mão, e por fim parou, eu acho, na mão do ex-vocalista da minha primeira banda, Nouserhead. Ainda não tinhamos tanta facilidade para encontrar músicas na web e, como os CD's eram caros, costumávamos comprar cds gravados na extinta Rarus Discos e gravar em fitas K7 para ouvir no som e walkman, período em que o vocalista tirava as músicas de ouvido, escrevendo o que ele entendia do inglês, base do rock, fato este que permitiu ser ouvida frase estranhas, tal como 'vassoura' no lugar de "midnight stroller", frase de verso cantado na canção Hair of the Dog, do Nazareth. Um ano e pouco depois nós já usamos a web e, é óbvio, 'rachávamos o bico' de dar risadas ao rever as antigas letras escritas a mão e os erros gritantes.
Certa vez ganhei de uma grande amiga, Bianca, uma fita K7 com uma das melhores coletâneas de rock que já fizeram para mim. Foi a primeira vez que ouvi Strawberry Fields, dos Beatles, inteira. Qualquer dia posto essa coletânea por aqui.
Lembro também da coleção de fitas K7 do Kleber, baterista da minha primeira banda, contendo a discografia dos Ramones, outro presente de aniverário.
Tudo isso foi na adolescência, fase curta que marcou e moldou minha forma de pensar e agir.
O baixista da minha banda atual, 'Os Simuladores', tem 17 anos e tira as músicas usando Guitar Pro e similares. Não perde tempo ouvindo várias vezes a mesma faixa para descobrir o que o músico está fazendo pois tudo já foi mastigado por outros e postado na rede. Isso funciona perfeitamente mas limita a espontaneidade autodidata. Eu, pelo contrário, me acostumei a tirar músicas de ouvido. Chego a ficar quase 1 hora ouvindo repetidas vezes a mesma canção, a fim de desvendar cada detalhe e criar minha própria versão, fiel ao máximo ao som original, mas com algumas pegadas pessoais. Na prática, é um estilo mais honesto de tirar músicas pois apresenta melhores resultados já que acostuma o ouvido ao tempo, quebradas e solos da música. Isso se reflete no ensaios onde o baixista acaba tendo que seguir as cifras o tempo todo e, mesmo assim, peca em algumas viradas.
Ufa...Este blog não pretende ser saudosista, mas, quando o Walkman completa 30 anos, convém relembrar um pouco o que significou para mim. Sucesso terráqueos.
- Post inspirado na reportagem da Folha online: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u589048.shtml
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quarta-feira, 1 de julho de 2009
INCENTIVOS FISCAIS PARA ARTISTAS QUE NÃO PRECISAM
Sugiro a breve coluna do Gilberto Dimenstein (aqui) sobre a polêmica dos incentivos fiscais para artistas que obviamente não necessitam de tal subsídio para financiar seus shows e exposições.
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Música - os que menos produzem são os que mais reclamam
Apesar de batido o assunto, cabe alertar algumas situações que me incomodam nessa onda de criticar a difusão gratuita da música na rede. O talento acanhado de qualquer terráqueo do interior pode ser apreciado pelo mais literado cosmopolita, o que, de quebra, permite o reconhecimento difuso do talento, seja qual for a vertente artística. No Brasil, temos o exemplo do site TramaVirtual, que permite à qualquer músico amador divulgar seu 'som' e ainda lucrar com os downloads. Convém ser despachado para difundir 'som próprio' na rede.
Enquanto isso, o conservadorismo de quem não possui mais o mesmo talento ou esta extinto musicalmente (vide Metallica, Village People, J. Bon Jovi, até mesmo Beatles) não admitem a distribuição de suas músicas on line com o fim de limitar a sua audiência àqueles que tenham preguiça de baixar gratuitamente pelos diversos meios possíveis. Depois não venham reclamar de shows vazios ou público 'modinha'. O príncipio é seguinte: quanto mais difusão da arte, mais publicidade gratuita e admiradores serão arrecadados e, em dias de royalties por click, o marketing gratuito da net supera os lucros limitados pelos downloads pagos.
Quanto as incoerências que ressoam na música nacional, sugiro a breve coluna do Gilberto Dimenstein sobre a polêmica dos incentivos financeiros públicos aos 'grandes' músicos brasileiros.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/gilbertodimenstein/ult508u586230.shtml
Enquanto isso, o conservadorismo de quem não possui mais o mesmo talento ou esta extinto musicalmente (vide Metallica, Village People, J. Bon Jovi, até mesmo Beatles) não admitem a distribuição de suas músicas on line com o fim de limitar a sua audiência àqueles que tenham preguiça de baixar gratuitamente pelos diversos meios possíveis. Depois não venham reclamar de shows vazios ou público 'modinha'. O príncipio é seguinte: quanto mais difusão da arte, mais publicidade gratuita e admiradores serão arrecadados e, em dias de royalties por click, o marketing gratuito da net supera os lucros limitados pelos downloads pagos.
Quanto as incoerências que ressoam na música nacional, sugiro a breve coluna do Gilberto Dimenstein sobre a polêmica dos incentivos financeiros públicos aos 'grandes' músicos brasileiros.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/gilbertodimenstein/ult508u586230.shtml
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Presságio e As atraentes águas salgadas
‘Presságio’..o filme...com Nicholas Cage. Quem ainda não viu não precisa perder preciosas duas horas da vida. Trata-se de filme catástrofe que narra a história de uma pequena e surtada garotinha que, nos anos 50, prevê datas e localizações de grandes desastres, que findam com o fim da humanidade. O filme não se salva, e o destaque assenta apenas na sequência da queda de um avião. Esta cena é contínua, com cortes imperceptíveis que dão realismo impressionante a situação.
Ainda, peca literalmente ao dar fundamentação lógica às previsões apocalípticas da bíblia, vide o final do filme, ilustrando os 4 cavaleiros do apocalipse e o jardim do Édem, e duas crianças simulando Adão e Eva. De longe, ainda podia se ver um brilho na árvore que poderia ser a tal maça do pecado.
Hollywood não costuma propor filmes com propaganda religiosa. O que se vê são críticas implícitas, filmes temáticos que sarrafam a Igreja e nada mais. Vale pelas cenas do desastre e pela doce companhia feminina com quem discuto o filme todo.
Amo você Lívia, melhor companhia do Mundo. Amo muito!!!
Sobre as águas salgadas, eita vontade de ir para praia uma semana, e esquecer a confusão de Uberaba.
Ainda, peca literalmente ao dar fundamentação lógica às previsões apocalípticas da bíblia, vide o final do filme, ilustrando os 4 cavaleiros do apocalipse e o jardim do Édem, e duas crianças simulando Adão e Eva. De longe, ainda podia se ver um brilho na árvore que poderia ser a tal maça do pecado.
Hollywood não costuma propor filmes com propaganda religiosa. O que se vê são críticas implícitas, filmes temáticos que sarrafam a Igreja e nada mais. Vale pelas cenas do desastre e pela doce companhia feminina com quem discuto o filme todo.
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