quinta-feira, 26 de março de 2009

POESIA

Ok. Eu sei que faria mais sucesso um blog filosófico, de auto ajuda, que dispensasse textos em prosa, enigmáticos ou abstratos. Mas estamos aqui para criticar a cultura pop. Ok?

JUST A FEST e minha monoaudiência...

Ontém recebi resposta a uma mensagem crítica que enviei a organização do evento 'Just a fest', festival que ocorreu no Rio e em Sampa, mas que, ao menos em SP, teve organização pífia. Segue abaixo a mensagem:

"De: Rodrigo Resende Silva [rrs_sansao@hotmail.com]
Enviado: terça-feira, 24 de março de 2009 12:28
Para: atendimento radiohead
Assunto: Coments sobre Organização
Show de São Paulo.O show foi excelente. A organização carente.Fiquei impressionado com a falta de controle da entrada.Segundo orientações da organização, não seria permitido câmeras, daí, o esperto aqui respeitou a norma e não levou, mas lá dentro, só se via pessoas com câmeras digitais. Injustiça.Ainda, não houve controle de convites meia-entrada, ou seja, ninguém vistoriava carteirinhas, o que me fez sentir prejudicado pois poderia ter adquirido convite meia-entrada, a R$100,00, e mesmo assim conseguiria entrar. Isto revolta pois os cambistas estavam vendendo ingressos de estudantes a R$300,00, pois sabiam que nao havia controle. O show já se foi, e foi perfeito."


RES: Coments sobre Organização‏
De: atendimento radiohead (atendimento.radiohead@ingresso.com)
Enviada: quarta-feira, 25 de março de 2009 16:13:54
Para: rrs_sansao@hotmail.com (rrs_sansao@hotmail.com)

Prezado cliente,

Encaminhamos o seu email à produção do evento e recebemos a seguinte resposta:

"Olá Rogério,

Lamentamos seus comentários porque nosso trabalho é levar diversão ás pessoas.
Não podemos interferir nas regras, normas, leis e muito menos nas suas aplicações à população. Lamentavelmente, ao seguirmos as regras dos organismos que legislam sobre entretenimento no Brasil ficamos sujeitos e tais situações. Quem determina, fiscaliza ou supervisiona os controladores é a Policia Militar. Existem leis federais, municipais e estaduais que obrigam a venda de meia entrada a um enorme contingente de pessoas e infelizmente os documentos exigidos para controlar essa venda não apresentam impressões de segurança que nos permitam verificar se o comprador possui realmente o direito à meia entrada.

Agradecemos seus comentários e esperamos ter sido suficientemente claro em nossas explicações,

Atenciosamente,

A Produção"


Detalhe, me chamaram de Rogério...não sei o por que exatamente. Talvez tenha sido o impacto pela mensagem recebida após o show, como crítica, e a pressa em esclarecer a não responsabilidade.
Claro que me senti desconfortável após a resposta, pois percebi que errei o alvo. Mas cabe outra crítica. Em grandes eventos, sejam shows ou exposições, comportando mais de 15mil pessoas, é claro a necessidade de estrutura confortável a fim de atender quaisquer necessidades, tais como consumo de suveniers, alimentação, descanso, entrada e saída facilitada, sanitários, segurança. O festival 'Just a fest' não atendeu em plenitude nenhum destes requisitos, salvo segurança, que estava impecável (não houve uma ocorrência séria policial ou médica). Imagine o seguinte: turista de diversos lugares do país e da américa do sul, com grana que justifique o bem estar no evento. Por que não trazer um mini shopping para dentro do espaço?
No mais, de volta ao planejamento, rumo ao outros festivais do ano, os quais não vou, com certeza.

Sobre a monoaudiência. Este blog é invisível à sites de busca, pelo jeito, nem eu o encontro no google. Ou seja, sou eu e minha egocentria crítica que deságua por aqui.

terça-feira, 24 de março de 2009

RADIOHEAD E O RESTO

Em tempos de memória saudosista, ver um show do Radiohead ao vivo no Brasil tatua algo na memória. Desde o início do show em São Paulo, a banda mostrou controle total sobre o público, o que facilita muito o trabalho para eles.
Logo nas primeiras canções, Ed Obrien, guitarrista base, aparentemente teve problemas com os pedais, tendo que chamar apoio de holding. No mais foram duas ou três canções até que Thom Yorke e cia entrassem no ritmo realmente e assimilassem a devoção dispensada por mais de 30 mil pessoas.
Radiohead pode fazer no Brasil aquilo que não fariam no eixo Euro-USA, tal como, criticar explicitamente os USA, quando Thom Yorke oferece a canção You and Whose Army para os yankes.
A banda pôde finalmente relembrar velhos sucessos sem que o público soasse deslocado, sem atenção, pois, em campos onde tocam a cada lançamento, o que o público pede são as novas canções obviamente.
Destaque para o baixista Colin Greenwood que, escondido o tempo todo ao lado do baterista Phil Selway, pulava freneticamente, sorria, abria os braços, divertindo-se como nunca vi em nenhum bootleg video da internet.
No mais, após o aperitivo quase cômico dado pelo Kraftwerk (banda interessantíssima pelo projeto, mas levemente cômica pela perfomance), o campo estava pronto para que Radiohead produzisse um dos maiores shows dos últimos anos no país, que merecia certamente ser lançado em DVD e distribuído pelo mundo, a fim de mostrar às outras bandas que depreciam o público latino, não nos prestigiando quando do lançamento de discos.