terça-feira, 10 de novembro de 2009

UBERABA, MINHA ROÇA QUERIDA

*cortesia da Duda - duda.almeida@hotmail.com

Você sabe que é Uberabense quando...
1. Morre de ódio quando alguém de fora confunde Uberaba com Uberlândia.

2. Morre de ódio quando esse alguém pergunta o nome de 3 cidades de Minas com B: Beraba, Berlândia e a Bosta de Araguari !!

3. Sabe os nomes das Ruas, mas não sabe quem foi Artur Machado, Tristão de Castro,ou Guilherme Ferreira?

4. Tem um pai que já ficou amigo dos policiais de tanto ir te buscar na delegacia.

5. Sabe que não é nada bom morar no bairro Alfredo Freire, Mogiana, Santa Marta e Badião, mas tem uns amigos por lá q
resolvem tudo. (boa!!!)

6. Conhece ou já ouviu falar nas façanhas do Zé Teles e toda vez que Alguém conta uma mentira braba você diz: ô Zé Teles!!!!

7. No carnaval, só quer saber de ir pra Sacramento, Caldas Novas, Campina Verde, litoral (qdo o R$ dá), beber cachaça e jogar truco!

8. Você vê alguém fazer uma barbeiragem no trânsito ou o carro com 02 homens na frente as mulheres atras e diz: 'Ô goiano'!

9 . Acha que mora numa cidade grande, vive como se estivesse em uma cidade grande, mas sempre recorre às mesmas lojas (Tremendão, Bazar Azul, Minerva....)

10. Se sente emocionado quando olha pro pasto e vê as vaquinhas pastando mesmo sabendo que não tem nenhuma.

11. Você conhece quase todo mundo da cidade, ou já ouviu
falar, ou conhece alguém que conhece (principalmente pelo
sobrenome).

12. Fica indignado quando alguém de fora conhece alguém em
Uberaba que você não conhece. (boa!!!)

13. Ao dirigir, fica satisfeito por ver uma mulher bonita a cada 100m.

14. Você odeia o sotaque de todo mundo de fora e acha que
não tem sotaque!

15. Conhece São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia... mas mal
conhece Belo Horizonte.

16. Não se contenta com as piscinas de clubes e na primeira
oportunidade, corre pro Rio Claro.

17. Seu shopping favorito é o Shopping Uberaba (O único da
cidade, os outros faliram)...

18. As suas primeiras amizades foram feitas no Corina, Marista
Castelo Branco, Colégio d'Abadia.

19. Vivia falando mal do Julius Bar e da Boca Universitaria aos amigos mas sempre
ia lá escondido tentar agarrar uma mocréia. (boa!!!)

20. Você ouve seus amigos dizerem: 'Morena dos dente
aberto, vai no Sírio Libanês que o baruio é certo!'

21. Tem orgulho de ter uma das maiores exposições agropecuárias do Brasil e ainda saber que o CAMARU é uma
bosta, mas odeia passar pelos pavilhões de gado e sentir
aquele cheirinho

22 Acha estranho cidade que tem vários McDonald's. e fica
Puto quando perguntam se Uberaba tem Carrefour? (Agora tem hein...)

23. Come Big Mac, mas não resiste a um Cachorro Quente dos
Carrinhos (Rubão, Japão, Valmir, Heraldo..etc)
24. No inverno, vai p/ fazenda. No verão, Também.

25. Conhece ou já ouviu falar de algum Doido da cidade, tipo: Dora Doida, Mudinho, Biro Biro, etc.... (boa!!!)

26. Conhece ou já ouviu falar de algum Viado da cidade, tipo: Samirão, João Boneca, Reinaldo cabeleireiro, T Zero,
Carlinho da Brahma... (boaa!!!)

27. Conhece ou já ouviu falar de alguns malas da cidade
tipo: Baiano, Pinga, Magrin, Vagão, Vaguinho, Guth, Pain.

28. É capaz de passar um dia inteiro tomando cachaça e se
os amigos quiserem, a noite inteira também.

29. Você se enquadra em alguma dessas classificações: boy, nerd, agroboy, ou mala.

30. Sai a 1h da manhã do sábado de casa e ainda não escolheu em qual balada vai. E quando escolhe alguma, não
tem mais ninguém... (boa!!!)

31. Faz happy-hour pra encher a cara.

32. Como não podia deixar de ser, acha a sua cidade a mais
linda, a que tem as ruas mais belas,mas detesta os
coqueiros do meio das pistas principais...

33. Também acha que está ficando muito violenta, que o
trânsito é um inferno, que vai morar em outra cidade, mas
não consegue sair daqui...

34. Você terminava suas baladas de Terça (Pró House) na
segunda feira seguinte (Recanto).

35. O maior point da sua turma é um buteco (Zero Grau, Skinão, Copo Sujo,Espeto,Recanto da Praça, Garrincha, Bar do Ricardo...) e o tira
gosto: ESPETINHO ou PORÇÃO DE BATATA FRITA (boa!!!)

36. É capaz de passar a tarde ou a noite toda no recanto da
praça mesmo sendo Mal Atendido.

37. É capaz de passar 8 Hs seguidas dentro da casa do chopp
ou München e gastar a grande quantia de R$10,00. (boa!!!)

38. Você sabe que os bares da cidade são fechados e
inagurados (no mesmo local c/ nomes diferentes num
intervalo de tempo de 3 meses, em média, e as pessoas que
vão lá são sempre as mesmas p/ gastar os mesmos R$10,00.

39. Fica de saco cheio quando os saudosistas ficam
relembrandro do Uberaba Sport nos áureos tempos (Toinzinho,
Paulo Luciano, Wandinho).

40. Você tirou carteirinha de estudante mas não é todo
lugar que aceita. (boa!!!)

41. Você conhece pelo menos 5 pessoas que moram em Uberaba
e são de São Paulo.

42. Se Chove um pouco Inunda , se chove muito Inunda também
e, se não chove o Rio Uberaba seca e a cidade fica sem
água.

43. Programas de Domingo: (boa!!!)
* Ir no Mercadão comer Pastel c/ uma cerva (e disputar uma
cadeira)
* Tomar sol à beira da bela piscina do Uirapuru ou Country ou UTC (e Também Ter que disputar uma cadeira)
* Ir a feira da Prudente de Morais comer um pastel e ver o movimento.
44. Pulava o muro do Tênis pra poder jogar bola ou nadar nas piscinas

EITA UBERABA BÃO, SÔ!!!!
Kkkkkkkkk...
E o pior, q é a pura verdade...

sábado, 25 de julho de 2009

Desconfigurando o tema do Blog

Falar de música e cultura pop é algo que me obriga a usar minha sensibilidade crítica. Enquanto patente...aproveito para postar um pouco do que rolou no ensaio de hoje com o vocalista da minha banda, Bob, banda "Simuladores".
Trata-se da canção "Shiver" do Coldplay.


sexta-feira, 24 de julho de 2009

UM BELO PLAYLIST

Estou postando o playlist do próximo show da minha banda..."Simuladores"
...preferência ao BritRock.

terça-feira, 14 de julho de 2009

O stress da mordomia

O sossego do dia a dia incomoda até que, de repente, já não se suporta os calos da monotonia. Os dias são travados, e por mais que se preencha cada mísera lacuna com pensamentos úteis, a ação falha e nada de novo acontece. A volta da rotina pode ser longa mas cansa. Houve dias que eu corria, lotava minha mão de entulho e saia as pressas para alcançar qualquer novidade. Ia me formar, ia parar de encontrar em cada esquina a queda da minha motoneta. A cada fim de semestre a ansiedade de uma prova enorme me desatinava e eu caia no cruzamento. Haja mãos de couro para aguentar. No fim, pequei pela sobra, e não fui competente o bastante para decifrar o ‘é’ de Fernando Pessoa que o 'r' me apresentou ("Cada coisa tem um instante em que ela é, eu quero apossar-me do é da coisa"). Meu ‘r’ zarpou sem barco. Meu ‘L’ rumou para perto e desde então a sigo.
Cadê o tal stress da mordomia? ‘No marasmo batido dos dias úteis’ onde, hoje em dia, não faço nada que quite minha dívida com esses 26 anos. Continuo tal como os 13. Impregnado de rock e insegurança. A diferença está nos sorrisos colhidos nos fins de semanas, na demorada cidade paulista e, tão breve, espetada, parada e fria.
Afirmo passivamente que o fim de 2009 pretende valer a mordomia da rotina macia que infecta os dias. Hão de comprar ações do meu futuro valorizando meu passe. Será?
Eu sou o é da coisa tua e minha.

Não basta bradar ao silêncio da mono-audiência para falar que os dias estão batidos e que fazer algo útil é relativo. Um brinde a enchente de jarras de café instantâneo no copo reciclado.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

'DEUS É UMA SUPERTIÇÃO'

Nas palavras do roteirista do filme "Sangue Negro", declamadas por Daniel Day Lewis, Deus é uma supertição, padres e pastores falsos profetas. Não 'tô nem aí' para discussões teológicas e minha linha linha filosófica é ingênua e empírica. Sou ligado aos fatos e nexo causal. Causa e consequência.
Não poderia deixar de comentar essa expressão que permite justificar o medo dos 'fiéis' de um Deus que pune.
Para provocar a afluente 'chata' da religião, vou parafrasear Daniel Day Lewis por muito tempo.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A dimensão do sucesso

Michael morreu. Pelo menos é o que dizem. As piadas surgiram concomitantemente ao anúncio da morte do cantor, assim como teorias de conspiração (MJ foi resgatado por Elvis). Durante esse drama todo, me emocionei apenas uma vez quando acompanhava uma das inúmeras homenagens na TV. Não cheguei aos prantos, mas fiquei baqueado e convencido de que houve abusos da imprensa na cobertura das polêmicas que envolveram o astro durante toda a vida. Como não suspeitar de um acordo obscuro para anular processos criminais. Suspeita-se de extorsão nua e crua, onde pais de crianças conseguiram tirar dinheiro do astro com acusações jamais provadas. Segundo a máxima popular, ‘depois de morto todo mundo vira santo’. Essa vertente não me atrai nem um pouco diante do meu ateísmo superficial, mas no caso de MJ, sempre fui sensível a crer na sua inocência.

A morte de Michael deveria absolve-lo e ‘santifica-lo’ ao limbo da música mundial, livre dos arranhões causados pelas mãos vampirescas de parte da mídia.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

CAVALEIRO ANDANTE


O surgimento do Walkman foi o stopim que deu asas a imaginação tecnológica e status aos adolescentes de época não tão distante, tal como os pequenos ipods de hoje. No mais, hoje nada da status a ninguém para ser sensato.
Quando comecei a brincar de gostar de música tinha no walkman meu mecanismo para tirar músicas, na discrição permitida, para não incomodar os outros com a barulheira que desperta a atenção para o rock. Lembro de ficar na beliche com meus irmão gravando a nossa voz num gravador portátil, conversando bobeira, depois ouvindo e rindo pacas.
Num aniversário, ganhei um Walkman Philips muito bom e simpático, cantos arredondados, discreto, e que rodava de mão em mão, e por fim parou, eu acho, na mão do ex-vocalista da minha primeira banda, Nouserhead. Ainda não tinhamos tanta facilidade para encontrar músicas na web e, como os CD's eram caros, costumávamos comprar cds gravados na extinta Rarus Discos e gravar em fitas K7 para ouvir no som e walkman, período em que o vocalista tirava as músicas de ouvido, escrevendo o que ele entendia do inglês, base do rock, fato este que permitiu ser ouvida frase estranhas, tal como 'vassoura' no lugar de "midnight stroller", frase de verso cantado na canção Hair of the Dog, do Nazareth. Um ano e pouco depois nós já usamos a web e, é óbvio, 'rachávamos o bico' de dar risadas ao rever as antigas letras escritas a mão e os erros gritantes.
Certa vez ganhei de uma grande amiga, Bianca, uma fita K7 com uma das melhores coletâneas de rock que já fizeram para mim. Foi a primeira vez que ouvi Strawberry Fields, dos Beatles, inteira. Qualquer dia posto essa coletânea por aqui.
Lembro também da coleção de fitas K7 do Kleber, baterista da minha primeira banda, contendo a discografia dos Ramones, outro presente de aniverário.
Tudo isso foi na adolescência, fase curta que marcou e moldou minha forma de pensar e agir.
O baixista da minha banda atual, 'Os Simuladores', tem 17 anos e tira as músicas usando Guitar Pro e similares. Não perde tempo ouvindo várias vezes a mesma faixa para descobrir o que o músico está fazendo pois tudo já foi mastigado por outros e postado na rede. Isso funciona perfeitamente mas limita a espontaneidade autodidata. Eu, pelo contrário, me acostumei a tirar músicas de ouvido. Chego a ficar quase 1 hora ouvindo repetidas vezes a mesma canção, a fim de desvendar cada detalhe e criar minha própria versão, fiel ao máximo ao som original, mas com algumas pegadas pessoais. Na prática, é um estilo mais honesto de tirar músicas pois apresenta melhores resultados já que acostuma o ouvido ao tempo, quebradas e solos da música. Isso se reflete no ensaios onde o baixista acaba tendo que seguir as cifras o tempo todo e, mesmo assim, peca em algumas viradas.

Ufa...Este blog não pretende ser saudosista, mas, quando o Walkman completa 30 anos, convém relembrar um pouco o que significou para mim. Sucesso terráqueos.
- Post inspirado na reportagem da Folha online: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u589048.shtml

quarta-feira, 1 de julho de 2009

INCENTIVOS FISCAIS PARA ARTISTAS QUE NÃO PRECISAM

Sugiro a breve coluna do Gilberto Dimenstein (aqui) sobre a polêmica dos incentivos fiscais para artistas que obviamente não necessitam de tal subsídio para financiar seus shows e exposições.

Música - os que menos produzem são os que mais reclamam

Apesar de batido o assunto, cabe alertar algumas situações que me incomodam nessa onda de criticar a difusão gratuita da música na rede. O talento acanhado de qualquer terráqueo do interior pode ser apreciado pelo mais literado cosmopolita, o que, de quebra, permite o reconhecimento difuso do talento, seja qual for a vertente artística. No Brasil, temos o exemplo do site TramaVirtual, que permite à qualquer músico amador divulgar seu 'som' e ainda lucrar com os downloads. Convém ser despachado para difundir 'som próprio' na rede.

Enquanto isso, o conservadorismo de quem não possui mais o mesmo talento ou esta extinto musicalmente (vide Metallica, Village People, J. Bon Jovi, até mesmo Beatles) não admitem a distribuição de suas músicas on line com o fim de limitar a sua audiência àqueles que tenham preguiça de baixar gratuitamente pelos diversos meios possíveis. Depois não venham reclamar de shows vazios ou público 'modinha'. O príncipio é seguinte: quanto mais difusão da arte, mais publicidade gratuita e admiradores serão arrecadados e, em dias de royalties por click, o marketing gratuito da net supera os lucros limitados pelos downloads pagos.

Quanto as incoerências que ressoam na música nacional, sugiro a breve coluna do Gilberto Dimenstein sobre a polêmica dos incentivos financeiros públicos aos 'grandes' músicos brasileiros.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/gilbertodimenstein/ult508u586230.shtml

Presságio e As atraentes águas salgadas

‘Presságio’..o filme...com Nicholas Cage. Quem ainda não viu não precisa perder preciosas duas horas da vida. Trata-se de filme catástrofe que narra a história de uma pequena e surtada garotinha que, nos anos 50, prevê datas e localizações de grandes desastres, que findam com o fim da humanidade. O filme não se salva, e o destaque assenta apenas na sequência da queda de um avião. Esta cena é contínua, com cortes imperceptíveis que dão realismo impressionante a situação.
Ainda, peca literalmente ao dar fundamentação lógica às previsões apocalípticas da bíblia, vide o final do filme, ilustrando os 4 cavaleiros do apocalipse e o jardim do Édem, e duas crianças simulando Adão e Eva. De longe, ainda podia se ver um brilho na árvore que poderia ser a tal maça do pecado.

Hollywood não costuma propor filmes com propaganda religiosa. O que se vê são críticas implícitas, filmes temáticos que sarrafam a Igreja e nada mais. Vale pelas cenas do desastre e pela doce companhia feminina com quem discuto o filme todo.
Amo você Lívia, melhor companhia do Mundo. Amo muito!!!
Sobre as águas salgadas, eita vontade de ir para praia uma semana, e esquecer a confusão de Uberaba.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

BLOGUEIROS E JORNALISTAS...AMASSEM-SE

“O sonho de uma informação produzida pelos próprios cidadãos, sem intermediários, desaguou no pesadelo de centenas de milhões de cidadãos escrevendo indiscriminadamente sobre qualquer aspecto do passado, do presente e do futuro do mundo (segundo os cálculos de Keen, nasce um blog a cada segundo). Nunca foi tão fácil plantar notícias falsas e criar consensos ao redor de opiniões estapafúrdias: a difusão multiplica a crença, e a crença dos muitos vira autoridade”

(Contardo Calligaris, para Folha em 2007)

quinta-feira, 26 de março de 2009

POESIA

Ok. Eu sei que faria mais sucesso um blog filosófico, de auto ajuda, que dispensasse textos em prosa, enigmáticos ou abstratos. Mas estamos aqui para criticar a cultura pop. Ok?

JUST A FEST e minha monoaudiência...

Ontém recebi resposta a uma mensagem crítica que enviei a organização do evento 'Just a fest', festival que ocorreu no Rio e em Sampa, mas que, ao menos em SP, teve organização pífia. Segue abaixo a mensagem:

"De: Rodrigo Resende Silva [rrs_sansao@hotmail.com]
Enviado: terça-feira, 24 de março de 2009 12:28
Para: atendimento radiohead
Assunto: Coments sobre Organização
Show de São Paulo.O show foi excelente. A organização carente.Fiquei impressionado com a falta de controle da entrada.Segundo orientações da organização, não seria permitido câmeras, daí, o esperto aqui respeitou a norma e não levou, mas lá dentro, só se via pessoas com câmeras digitais. Injustiça.Ainda, não houve controle de convites meia-entrada, ou seja, ninguém vistoriava carteirinhas, o que me fez sentir prejudicado pois poderia ter adquirido convite meia-entrada, a R$100,00, e mesmo assim conseguiria entrar. Isto revolta pois os cambistas estavam vendendo ingressos de estudantes a R$300,00, pois sabiam que nao havia controle. O show já se foi, e foi perfeito."


RES: Coments sobre Organização‏
De: atendimento radiohead (atendimento.radiohead@ingresso.com)
Enviada: quarta-feira, 25 de março de 2009 16:13:54
Para: rrs_sansao@hotmail.com (rrs_sansao@hotmail.com)

Prezado cliente,

Encaminhamos o seu email à produção do evento e recebemos a seguinte resposta:

"Olá Rogério,

Lamentamos seus comentários porque nosso trabalho é levar diversão ás pessoas.
Não podemos interferir nas regras, normas, leis e muito menos nas suas aplicações à população. Lamentavelmente, ao seguirmos as regras dos organismos que legislam sobre entretenimento no Brasil ficamos sujeitos e tais situações. Quem determina, fiscaliza ou supervisiona os controladores é a Policia Militar. Existem leis federais, municipais e estaduais que obrigam a venda de meia entrada a um enorme contingente de pessoas e infelizmente os documentos exigidos para controlar essa venda não apresentam impressões de segurança que nos permitam verificar se o comprador possui realmente o direito à meia entrada.

Agradecemos seus comentários e esperamos ter sido suficientemente claro em nossas explicações,

Atenciosamente,

A Produção"


Detalhe, me chamaram de Rogério...não sei o por que exatamente. Talvez tenha sido o impacto pela mensagem recebida após o show, como crítica, e a pressa em esclarecer a não responsabilidade.
Claro que me senti desconfortável após a resposta, pois percebi que errei o alvo. Mas cabe outra crítica. Em grandes eventos, sejam shows ou exposições, comportando mais de 15mil pessoas, é claro a necessidade de estrutura confortável a fim de atender quaisquer necessidades, tais como consumo de suveniers, alimentação, descanso, entrada e saída facilitada, sanitários, segurança. O festival 'Just a fest' não atendeu em plenitude nenhum destes requisitos, salvo segurança, que estava impecável (não houve uma ocorrência séria policial ou médica). Imagine o seguinte: turista de diversos lugares do país e da américa do sul, com grana que justifique o bem estar no evento. Por que não trazer um mini shopping para dentro do espaço?
No mais, de volta ao planejamento, rumo ao outros festivais do ano, os quais não vou, com certeza.

Sobre a monoaudiência. Este blog é invisível à sites de busca, pelo jeito, nem eu o encontro no google. Ou seja, sou eu e minha egocentria crítica que deságua por aqui.

terça-feira, 24 de março de 2009

RADIOHEAD E O RESTO

Em tempos de memória saudosista, ver um show do Radiohead ao vivo no Brasil tatua algo na memória. Desde o início do show em São Paulo, a banda mostrou controle total sobre o público, o que facilita muito o trabalho para eles.
Logo nas primeiras canções, Ed Obrien, guitarrista base, aparentemente teve problemas com os pedais, tendo que chamar apoio de holding. No mais foram duas ou três canções até que Thom Yorke e cia entrassem no ritmo realmente e assimilassem a devoção dispensada por mais de 30 mil pessoas.
Radiohead pode fazer no Brasil aquilo que não fariam no eixo Euro-USA, tal como, criticar explicitamente os USA, quando Thom Yorke oferece a canção You and Whose Army para os yankes.
A banda pôde finalmente relembrar velhos sucessos sem que o público soasse deslocado, sem atenção, pois, em campos onde tocam a cada lançamento, o que o público pede são as novas canções obviamente.
Destaque para o baixista Colin Greenwood que, escondido o tempo todo ao lado do baterista Phil Selway, pulava freneticamente, sorria, abria os braços, divertindo-se como nunca vi em nenhum bootleg video da internet.
No mais, após o aperitivo quase cômico dado pelo Kraftwerk (banda interessantíssima pelo projeto, mas levemente cômica pela perfomance), o campo estava pronto para que Radiohead produzisse um dos maiores shows dos últimos anos no país, que merecia certamente ser lançado em DVD e distribuído pelo mundo, a fim de mostrar às outras bandas que depreciam o público latino, não nos prestigiando quando do lançamento de discos.